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terça-feira, novembro 29, 2005

Just watch me burn

A fase pela qual estou passando está me ensinando algo que eu sempre tive medo de fazer: acreditar em mim, nos meus pontenciais, admitir existem coisas que eu faço bem. Isso não se confunde com convencimento, egocentrismo ou qualquer coisa parecida. Estou aprendendo a dar o peso que as coisas realmente tem. Conviver não só com defeitos, mas com as qualidades também. Hoje eu sei que um dos meus maiores dons é a comunicação, por exemplo.
Há duas semanas, eu e mais umas 14 pessoas fizemos uma prova escrita para estagiar na Justiça Federal. Hoje, quatro de nós passamos pela entrevista. E, ah!, eu, ah!, eu fui o selecionado! Ah! É a primeira vez que eu quero uma coisa com toda a votande que eu tenho e com todas as responsabilidades que isso importa. Estou cheio de energia pra trabalhar, era atrás disso que eu estava e foi isso que eu consegui. Estou muito, muito feliz.
Eu sempre tive o tipo de pensamento: por que entre 15 pessoas vão chamar justamente eu? Essa foi uma lição pra eu aprender a acreditar em mim. A pessoa que fez a entrevista disse que gostou bastante do meu perfil acadêmico e muita da minha redação.
Eu estou dando impulso à minha vida! Que ótimo! Vou fazer várias coisas produtivas. E eu quero ir sempre longe. Nhá! :~)

segunda-feira, novembro 28, 2005

Caro amigo anonymous,

O fato é que as pessoas vivem me dizendo que eu estou errado. No entanto, todos se esquecem da frase do Weber: "o homem sempre enxerga a sua própria inteligência mais de perto". (estou sendo sutil com você).
Como todo mundo, eu estou fazendo da minha maneira - e isso sempre é a coisa mais inteligente e mais burra de se fazer, se é que você consegue entender o que eu quero dizer. Deus é um cara tão mau, que ele sempre dá tempo para que nos arrependamos. Uma vez eu escrevi que uma vida boa seria uma vida curta o suficiente para vermos imediatamente a conseqüências das nossas escolhas.
Eu tenho expectativas um pouco altas, sim, e as pessoas adoram me punir por isso. Eu só não vejo por que eu deva querer menos do que exatamente aquilo que eu quero. E eu me acompanho nisso.
Eu procurarei a minha felicidade nela mesma. Onde ela estiver, ela certamente estará. (óbvio). Todo o resto é dispensável. E essa é a minha primeira regra. O tempo mostrará o que fazer, e nesse ponto, concordamos. Tudo o que eu tenho que fazer é exatamente nada.

Por último, tenho algo a dizer:
"Ooops, I didn't know I couldn't think my mind (what was I thinking?)"
"Just watch me burn"
"And follow this, you bitches".

Trilha sonora dos últimos dias

What am I to you - Norah Jones
Cocoon - Jack Johnson
Si te vas - Shakira
Alguém se acha muito mais esperto do que eu - composição minha

domingo, novembro 27, 2005

- Todo meu final de ano é igual: em casa, bêbado, rindo pra não chorar.
- Tu bebe sozinho?
- Só quando estou querendo fugir da vida
- Também estou precisando de um porre daqueles
- Não, não... só pessoas idiotas fazem isso
- Mas eu preciso, às vezes, dar uma de idiota. Como eu queria ser burro! Quem não pensa é mais feliz...
- Quem bebe também... por dedução lógico-formal.

quinta-feira, novembro 24, 2005

Eu tenho muito o que aprender sobre você com o meu conterrâneo
Embora você tenha muito o que aprender sobre mim com o seu homônimo.




Eu achei essa página do nada.
"This is not a coincidence".

quarta-feira, novembro 23, 2005

Tem uma coisa muito séria que eu tenho que aprender: eu tenho que reclamar das coisas assim que elas acontecem. Eu não estou, definitivamente, protegendo ninguém quando eu me calo. Muito menos eu. Tenho que ser mais direto, e mais leal comigo mesmo, respeitar mais os meus sentimentos, pelo simples motivo de eu senti-los.

terça-feira, novembro 22, 2005

Hoje achei um poema que escrevi em 30 de dezembro de 2004, num momento trágico, eu diria.
Eu nunca cheguei a publicá-lo, como uma série de coisas que eu tenho perdidas por aí. À época, o achei muito "erótico", mas é bonito mesmo assim. Felizmente hoje ele não faz mais sentido.



Toda a vez que se ama,
parece ser a primeira vez.
Todo lençol, toda cama,
de ouvir sussurros se fez.

Nada parece tão certo,
tão bonito ou tão feio.
Coração recém-desperto
em noites que só têm meio

E, ao fim, não há dor maior
Amarga-doce ilusão!
Tua falta se faz pior
porque cismou meu coração¹

Toda vez que amamos,
cremos ser a primeira vez.
É pena que esqueçamos
a dor do que sequer se fez

Pois quem sabe sequer exista amor
E tudo se resuma a isto:
Um abraço, um beijo, um calor;
Um suspiro, um gozo, um grito.



¹ - esse poema possui uma clara e proposital referência a outro, de Gonçalves Dias, em que este escreve "amor, delírio-engano" e mais adiante "cismou meu coração, cismou minha alma". Cismar: pensar com insistência, preocupar-se).

domingo, novembro 20, 2005

Sossega, coração! Não desesperes!
Talvez um dia, para além dos dias,
Encontres o que queres porque o queres.
Então, livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição de seres.

Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!
Pobre esperença a de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo
E em si mesmo se sente diferente,
Como faz mal ao sonho o concebê-lo!

Sossega, coração, contudo! Dorme!
O sossego não quer razão nem causa.
Quer só a noite plácida e enorme,
A grande, universal, solente pausa
Antes que tudo em tudo se transforme.


(Fernando Pessoa, 2-8-1933.)

sábado, novembro 19, 2005

Porque eu fui prometer não ficar bravo...
..Keli... preciso de você, pequena!

terça-feira, novembro 15, 2005

88 e 89

"Sua luz deve brilhar de dentro para fora.
Procure manifestar a todos a luz interior que vibra em você, através de seus atos e de suas palavras de compreensão e de otimismo.
Seja você mesmo sua própria luz, iluminando a todos com suas palavras de conforto e incentivo, com seu sorriso de entusiasmo e de encorajamento, com seu exemplo de fé e otimismo."

"Não perca sua serenidade.
A raiva faz mal à saúde, o rancor estraga o fígado, a mágoa envenena o coração.
Domine suas reações emotivas.
Seja dono de si mesmo.
Não jogue lenha no fogo de seu aborrecimento.
Esqueça e passe adiante, para não perder a sua serenidade;
Não perca sua calma.
Pense, antes de falar, e não ceda à sua impulsividade"



PASTORINHO, C. Torres. Minutos de sabedoria. 40. ed. Petrópolis: Vozes, 2003. p. 88-89.

segunda-feira, novembro 14, 2005

Hoje de manhã eu tive uma daquelas decisões muito "simples-complexa" para tomar: ser feliz ou não.
Adivinhem!
Ser feliz exige não ter preguiça, então eu tenho muita coisa para fazer hoje. E sabe qual é a mais importante? Pensar em mim. Sim. Eu tive um momento único de clareza e enxerguei meu problema racionamente: eu penso pouco em mim. Preciso mudar. O que não significa, em absoluto, que eu me tornarei egoista, auto-suficiente, ou qualquer coisa assim, mas é que às vezes é preciso mais do que estar vivo para viver. O que me falta é auto-impulso. Eu sempre penso que alguém fará isso por mim. (risos). Seria tão confortável, não é verdade? Acorde! Você já sabe onde quer chegar, e sabe por onde tem que passar. Pela milésima vez, guri, aprende a caminhar em direção aos teus objetivos. Aprenda a fazer por ti!


(Eu já escrevi um texto muito, mas muito parecido.)

sexta-feira, novembro 11, 2005

Como se fôssemos viver para sempre

Deve ter acontecido por volta dos seus 10 anos de idade; quem sabe, até antes. Um dia, você passou a ter medo do escuro, levantou da sua cama, foi deitar junto dos seus pais e chorou. Isso, provavelmente, ocorreu bem próximo à epoca em que você descobriu que as pessoas morriam.
Não há uma maneira fácil de explicar isso para uma criança. Não há "papai-do-céu" que nos valha. As pessoas morrem: dura lex, sed lex.
O engraçado dessa experiência da primeira morte é a maneira como ela é tratada. No afã, os adultos sempre nos fazem crer que a morte não virá para nós tão cedo (talvez porque seja esta a sorte que eles esperam para si).
Passamos a vida inteira fingindo que não vamos morrer. Fingindo que não precisamos dizer o quanto amamos as pessoas, que podemos adiar a visita surpresa e o trabalho voluntário para outro dia. Deixamos o amor à mãe reservado para o segundo domingo de maio; o sentimento pelo pai, fica para o segundo de agosto; a solidariedade, para o Natal; a diversão, para as férias; o respeito ao índio, para o Dia do Índio; ao meio ambiente, para o Dia do Meio Ambiente; à secretária, para o Dia da Secretária. Sempre com letra maiúscula para ficar bonito. para ficar bonito.
Pior do que isso, são os outros resquícios que essa falsa sensação de eternidade nos deixa de herança: adiamos os pedidos de desculpas, guardamos ódios gratuitos, nos fechamos em orgulho e ego. Escravos das situações. Tudo por medo, por preguiça infantil de admitir que precisamos nos esforçar para transceder as quinquilharias (olhe no dicionário exatamente o que essa palavra significa).
Caros, o tempo é finito para nós. Atente bem para o que você faz com o seu. Com tanta coisa boa para se sentir, porque escolher as ruins? Afinal, o que leva um ser mortal a crer que ele possui o direito de odiar algo ou alguém?
Como se fôssemos viver para sempre...

quarta-feira, novembro 09, 2005

Qualquer hora dessas serei internado
de louco que estou
de saudades do teu amor

Se eu for levado,
quero ser trancado
no conforto do teu quarto
no quente dos teus braços
na volúpia da tua boca e palavras
no escândalo verde dos teus olhos
no teu corpo, o chez moi
de onde eu nunca deveria fugir
de louco que sou por todas as coisas
que só em ti eu encontro