gmr

terça-feira, maio 30, 2006

E se eu parasse de te proteger?
E se eu falasse todas as coisas que quis te falar?
Todas as verdades que você não suportaria?

Aposto que você me odiaria...
Teríamos algo recíproco

É o que eu deveria fazer
.
.
.
Você foi muito cretino comigo
Eu vou fazer você me odiar

sábado, maio 20, 2006

Medley

.
Mama says I shouldn't bother
.
But I guess that's just the way the story goes
.
why it's so hard to love one another?
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não é fácil, é estranho
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não sei se me levo ou se me acompanho
.
I'm starting to trip, I'm losing my grip
.
don't patronize me
.
I was so blind, I couldn't see
.
you're to have, and not to hold
.
I realize that I need, something good to rely on

quinta-feira, maio 18, 2006

Toda dor deveria ser solidária

"Desde a última sexta-feira (12), quando começaram os ataques promovidos pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), 93 suspeitos de envolvimento nos crimes foram mortos em supostos confrontos com a polícia, de acordo com o governo estadual." (Folha de São Paulo 17/05/2006)

"Governo diz que mortos tinham ligação com a facção, mas não revela suas identidades." (Folha de São Paulo 17/05/2006)

93 suspeitos anônimos de supostos confrontos
93 vítimas de 130 anos de criminologia clientelista,
de 500 anos de más políticas públicas

E morreram policiais também.
Primeiro ouvi falarar em 53 mortes
Depois, segundo um balanço do governo estadual, seriam 44

Não há hierarquia entre vidas
Mas há ou não pena de morte?
E há Welfare State?
E Estado de Direito?
Por quê nos mentem?
Nunca gostei de ficções-cientificistas

Não sei
Mas estimo que há, pelo menos,
duas centenas de família enterrando alguém em São Paulo
10 milhões de habitantes inseguros em uma selva-selvagem de pedra

e 5 a 20 milhões de pessoas morrendo de fome por ano no mundo



http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u121645.shtml

segunda-feira, maio 15, 2006

Plágio

ah, eu quero descansar!
quero ir na praia e ver se está ventando
e se ainda é bom subir nas pedras
pra ver se eu me distraio e esqueço tudo
.
egoista que sou,
tenho saudades dos meus planos,
de olhar pra uma direção qualquer
agora parece tudo tão longe!
.
me sinto so damn alone
.
quando eu ando na beira-mar é tudo tão lindo
que eu passo a odiar os contrastes
.
mas a vida continua
e eu preciso cuidar de mim
eu quero ser feliz
.
hey! Olha só o que eu achei:
uma colher de cabo azul-marinho
.
droga
eu preciso perder essa mania

Crivo do um dia

A partir de hoje tudo o que eu escrever
deverá passar pelo crivo do um dia.

É que nos humanos temos a mania
de pensar e sentir muitas coisas
mas é preciso manter alguma coerência
a mim, é tudo que resta tentar

o que eu sinto terá que ser capaz de durar um dia
para que seja digno de uma linha
.
.
.

quinta-feira, maio 11, 2006

Quem acha que Florianópolis é o paraíso, obviamente, nunca quis jantar num lugar decente e barato após às 22h e nunca precisou pegar ônibus num dia de chuva depois de sair do trabalho (1 hora para chegar à faculdade!).

Por essas e outras eu voto a favor do teletransporte.
:)

quarta-feira, maio 10, 2006

Há pouco mais de um ano, o meu principal medo era o de morrer velho, com câncer e me culpando por não ter dito ou feito coisas que queria. Não era morte, em si, que me assustava. Eu temia a possibilidade de deixar o mundo sem dar a esta alma o gosto de um amor recíproco. Para mim, era certo que se eu não amasse eu teria câncer.
De todas as coisas que eu quis para minha vida, "amar e ser amado" sempre foi a mais importante. Sim, pouco autêntico, mas enfim... Não era um objeto, não era uma profissão, não era a minha família e não era um Deus.
A única coisa que poderia, talvez, se aproximar disso era minha vontade de escrever um livro. Mas quem nunca foi capaz de amar não deveria se atrever a escrever, disso eu tinha certeza.
Enfim, tive a graça de viver um amor por um período considerável e bom. E que passou sem me deixar vazios.
Hoje, eu não me importaria de não ter mais vida em mim, porque sinto que eu já estive verdadeiramente nela.
Eu sei que a morte não está chegando para mim, pois, embora eu lhe concedesse me levar, não sinto que me ronde. Eu me prometi jamais experimentar o chão novamente; e, não sentindo dor, eu sou capaz.
Não há nada o que fazer senão olhar, indiferente, o sangue escorrendo pelas minhas pernas. Eu não tenho tempo para doenças...
Quem sabe eu ainda escrevo aquele livro.

domingo, maio 07, 2006

Eu gosto

do barulho da madeira contra o vidro
quando coloco meus lápis-de-cor
de volta no copo de requeijão

:)

Num dos momentos em que eu mais precisava dele, ele me abandonou.
Ele me passou essas doença e agora eu vou ter que passar por isso sozinho
eu sei que eu vou conseguir
mas não sei como vai ser estar sozinho num hospital, todo queimado por dentro e sem ter alguém para dizer que tudo vai ficar bem
se bem que ele não se prestaria para isso mesmo
pelo menos ninguém vai tentar me fazer culpado
ninguém vai me colocar mais peso do que eu carrego

e eu pensei que ele era a coisa mais próxima de uma família que eu tinha aqui nessa ilha
não
família não faz isso
foi puro egoismo

duvido que a situação estivesse tão insuportável que ele não pudesse esperar 3 dias
eu não quero sacrificar a vida inteira de uma pessoa
obrigado ela a continuar comigo por pena ou algo parecido
quero mais é que vá voar

mas não foi legal isso ter acontecido nesse momento,
por isso
nem em mil anos eu vou deixar ele me tocar de novo

hoje quando eu estava indo pro terminal eu pensei que eu até cuspiria no chão a frente dele se o encontrasse por acaso

porque dessa vez eu vou até o final
até eu desaprender a gostar dele
e se for necessário eu faço ele me odiar também,
em dois tempos


cansei dessa palhaçada e infantilidade
não vou viver a minha vida toda acompanhando o ritmo de uma pessoa assim

sexta-feira, maio 05, 2006

Eu gosto do barulho da madeira contra o vidro
e não me refiro ao vandalismo
Falo dos meus lápis de cor
e o ruído que se propaga
quando os deposito no copo de requeijão

são essas coisas que tenho vontade de pintas
inconsistências

como que vai pelo caminho
e cai a folha de uma árvore

quarta-feira, maio 03, 2006

Sinto-me, ao mesmo tempo, triste e envergonhado por compartilhar da mesma condição humana de alguns seres.