gmr

domingo, setembro 25, 2005

Não sei o que aconteceu comigo hoje. Estou extremamente expansivo. Cheguei a passar 15 minutos no celular falando com o Carlos. E agora pouco estava lendo coisas sentimentalóides e quase chorando.
O texto era de um amigo meu. No final, ele falava da sua vizinha que morreu de câncer. Ele disse que às vezes se trancava no banheiro e fica observando ela da janela, imaginando o que estaria passando na cabeça dela, sabendo que logo não estaria mais ali.
E então, eu lembrei da minha mãe e do meu irmão, aqueles dois bestas. Onde eles acham que vão chegar desse jeito? Morrer já é fácil, e eles ainda ficam sofrendo.
É como se eu tivesse olhando para o próprio câncer.

O motivo último de se existir, é ser feliz.
Por que as pessoas, now and then, se apegam a coisas que as fazem sofrer?!
Todo mundo já fez isso, eu já fiz isso.
Mas uma hora você tem que ter a capacidade de libertar.
É você ou a sua paixão (no sentido que Platão dava às paixões).

O meu irmão tem 22 anos ainda.
Mas como pode uma mulher chegar aos seus 50 anos e não aprender isso?!

De fato, eu devo ser alguém de sorte.
Eu não tenho mais medo de sofrer.