gmr

sexta-feira, março 04, 2005

Monólogo

"Alô, tu,
ser incerto,
ser disperso,
ser abstrato,
inatingível
intangível,
imaginário,
virtual,
inconstante e desigual,
(como um tecido xadrez)

Ser, eu guardo uma amor enorme pra ti dentro de mim,
um conteúdo que não quer se aglomerar, mas se derramar.
Mesmo porque a pressão no continente
já ultrapassou os limites de segurança

Um amor que quer se dar,
e tudo que ele pede de ti, ser ,
é que tu dês o teu em troca,
porque eu imagino, ser abstrato e incerto,
que em algum lugar tu estás, intangível e disperso,
e estás com algum amor, inconstante e desigual,
diferente do de todo o resto das pessoas que eu vejo, inatingível e virtual e imaginário.

Ser, tu existes?!"