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segunda-feira, fevereiro 28, 2005

Indecisão

E de repente, você pára para tentar analisar um fato e não consegue escolher entre duas valorações opostas. Você simplesmente não consegue decidir se algo é bom ou ruim,
se é simples ou complexo,
se você acha uma experiência válida ou mera perda de tempo,
se você precisa continuar sendo sincero ou se pode dissimular de quando em vez,
se precisa saber entender as pessoas ou pode questionar suas personalidades,
se deve amá-las - incondicionalmente - ou odiá-las - condicionalmente,
se a vida é uma aventura boa ou um carma e,
principalmente, se um sorriso é patético ou simpático.

Independentemente disso, em toda a decisão tomada você ganha e perde algo. Perceber isso, é amadurecer, acho. Durante anos das nossas vidas as decisões que nos influenciariam foram tomadas por outras pessoas. Vezes outras, só havia um caminho. E de repente, você precisa tomar decisões, controlar sozinho todas as esferas do seu viver e aprender a lidar com a perda. E essa sensação me é tão feia, mas tão feia, que mais do que nunca eu tenho certeza de ter sido alguém mimado e superprotegido. Mamãe, papai, a redoma quebrou.

(O que me consola é que mesmo decidindo, perdendo e ganhando algo, eu ainda tenho 50% de chances de escolher certo, e perder algo ruim. E se eu decidir errado, bem, muitas opções humanas podem se desfeitas...)

For now on, let me fly,
this unhinged task
of have to fly.
Because to standstill,
it's not an option for me.
Neither is to regret,
nor to suffer
for things I can control.
I'll focus in what I can.


(Eu pensando tudo isso e ao mesmo tempo observando como as pessoas perdem tempo ridicularizando as escolhas das outras. Nessas horas procuro ficar calado e imparcial. Voltemos à velha técnica: inspire, expire, inspire, expire... postura! Entoe mantras!)