gmr

quinta-feira, outubro 06, 2005

Lastimoso achado

Encontrei o registro de uma conversa que tive em 10 de novembro do ano passado.
Quando você quer se esquecer de algo, o que se pode fazer de mais inteligente é manter-se longe do objeto de sofrimento, a fonte da dor. É batata!
Pois bem, eu li o arquivo. Acho que isso faz de mim uma pessoa burra, pelo raciocínio contrário...


"Deixei levarem minha dignidade pro ralo e ainda chorei meses implorando pra que fizessem de novo. Agora que eu juntei todos os caquinhos e resgatei a minha dignidade do aterro sanitário, o que sobrou é esse ser com o coração gelado e 20 anos"

"Você parece ter esquecido que eu sou uma outra pessoa, que não a que te magoou [...] mas acho que eu sou bem forte... faz um ano inteiro não me machuco com nada"

(Como nos enganamos!)

(Eu só acertei num único ponto:)

"Não te preocupa, eu não vou me machucar o bastante... eu nunca me machuco o suficiente"


Realmente, não o suficiente.
Continuo o mesmo.
Porque o "amar-alguém-que-te-ama" é devolver-se.
Penso que me vacinei.

(apesar de eu não deixar de ser burro, pelo menos eu saí ganhando)


"Nothing really matters
Love is all we need
Everything I gave
All comes back to me"

e vice-versa