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terça-feira, maio 03, 2005

Psicólogo VII e VIII

Semana passada eu acabei adiantando a consulta com o psicólogo porque eu estava ansioso para falar com ele. Fui logo na segunda-feira dia 25 mesmo. Estava muito confuso (mas feliz) com as coisas que aconteceram durante o feriadão. Eu estava principalmente com medo de ser aberto e sincero com as pessoas e acabar me ferrando como aconteceu no passado. Basicamente foi isso q me movimentou a adiantar a consulta. O Emílio aconselhou que eu guardasse algumas coisas para mim, mas meu coração falou mais alto e eu decidi por me revelar.
Na realidade, eu estava cometendo o mesmo erro que fizeram comigo: não dar a tal "folha em branco" para as pessoas que você acabou de conhecer, tratando-as com base nas suas experiências dolorosas.
A conclusão que eu cheguei mais tarde foi que não é porque certas pessoas não mereceram minha sinceridade que as atuais também não merecem.
Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.


Bem, na sessão de hoje, falamos sobre as conseqüências da minha nova fase de vida, da minha relação com meus amigos e na dificuldade que eu tenho de não ser contraditório. Acontece muitas vezes de você se ver fazendo coisas que não acredita e com as quais não concorda simplesmente por uma pressão externa ou um medo qualquer.
Foi o que aconteceu, por exemplo, quando eu estava deixando de ser sincero com uma pessoa simplesmente por medo que eu pudesse me machucar e até para proteger outras pessoas (tá, esse ponto ficou controvertido e eu concordo, eu deveria ter omitido nomes).
Quando as conseqüências das minhas ações se encerram em mim, tudo bem. O problema é quando existem sentimentos e expectativas de outras pessoas envolvidos.
O Emílio diz que eu me sinto muito responsável pelos sentimentos que as outras pessoas constroem em relação a mim. Disse mesmo que isso seria um problema delas (!!!!), que eu não me devo preocupar e agir pensando mais em mim, sendo mais egoista.
Mas sabe como é... eu acredito em Kant.
Discordo em absoluto.
Deve ser mais ou menos aquele negócio: cobaia que leva choque sabe o quanto dói.
Eu não vou usar as outras pessoas para testar o que eu sinto. Aliás, eu não vou usar as outras pessoas, ponto. Não mesmo.
Muito menos quando elas são importantes para mim (Fuuu!!!).
Isso é ser kantiano, no fundo.