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terça-feira, julho 18, 2006

Saí de casa.

Eu escrevia com uma daquelas canetas de nanquim, mas devido à falta de habilidade uma pequena poça escura se formou no papel. E, dela, saiu primeiro uma mão, que depois se transformou num "Pessoa" me dizendo assim:

"Sossega, coração! Não desesperes!
Talvez um dia, para além dos dias,
Encontres o que queres porque o queres"

Lembrei, então, da conversa com a Fabi semana passada:
- Você está precisando de amor.
- Está tão evidente assim? Preciso disfarçar...
- Não adianta... dá pra ver nos seus olhos.

Acordei e fui pro banho. Cantarolei uma música triste de Vinícius.
Quis lutar por não me deixar abater. Quis um dia diferente. Quis ter mais controle.
Decidi que não se pode escolher por ser feliz ou triste antes de sair na rua e olhar o sol.
O dia sempre parece nublado dentro de um quarto fechado