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domingo, junho 18, 2006

Da dignidade e do amor

Eu nunca vou esquecer uma das coisas que o Filipe me disse:

- Eu perdi minha dignidade, e passei dois anos implorando para perder de novo. Eu demorei muito tempo para juntar cada um dos mil pedacinhos dela, e não vai ser agora que eu vou abrir mão nem da minha dignidade e nem da minha liberdade.
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Eu tomei isso como verdade por mais de um ano. E então, num dia desses andando na rua, pela primeira vez eu pensei: "quando você faz aquilo que quer, mesmo que isso leve você a ser impulsivo, mesmo que você acabe se frustrando um pouco, você não está perdendo a dignidade. Porque é uma prerrogativa do exercício da dignidade humana que você possa escolher exatamente o que vai fazer. Nunca se poderá estar errado por tentar, por querer, por fazer de tudo para estar com quem você ama. Mesmo que você não consiga, ser digno no amor é obedecer ao coração".
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