gmr

segunda-feira, junho 12, 2006

Chega, mesmo
Não era a intenção
nem de um, nem de outro,
mas isso tudo já foi longe,
longe demais

muito mais do que o lógico,
muito mais do que o adequado

Não há mais nada a ser salvo,
se me deixo sofrer mil vezes nas tuas mãos,
pois no final só sobra carne morrendo,
merda esfriando
e a irresolúvel icomunicabilidade das nossas almas

Não, isso já não é amor
Eis que tal não comportaria
essa sorte de coisas

Amor não há de ser um culto ao passado:
adoração a uma tarde perfeita
de quase um ano atrás
Eu me ajoelhando frente a um deus falso

tu

Não creio que exista algo além
Creio que as coisas virtuosas se acabaram
Sinto morrerem meus princípios e crenças
Não há mais nada digno
que eu queira salvar

Estou para soltar todas as minhas feras
Afasta-te e corre
que até amanhã me odiarás