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terça-feira, março 29, 2005

Psicólogo III

"Eu me sinto o próprio Raskólhnikov do Dostoiévski. O homem cindido, dividido entre aquilo que espera da vida e o que de fato consegue realizar. E isso em todos os âmbitos da minha vida. E ele é estudante de Direito ainda por cima!"

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"Sabe... eu admiro aquele tipo de pessoa que não se faz problemas por nada, que está sempre feliz. Que inventa uma fantasia, foge da realidade, mas continua feliz. Eu poderia citar 'A vida é Bela', 'Doce Novembro', 'Peter Pan', enfim... Talvez eu devesse fazer isso também. Iventar uma coisa que eu pudesse invocar sempre, em vez de me desesperar, de me desorientar"

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"Mas será que essas pessoas existem no mundo real? Será que não são só fantasias daquilo que se gostaria de fazer? Você acha que precisa fugir do que é real? Será que você tentou tudo que era possível para buscar sua felicidade?"

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"Emílio, eu sou uma pessoa que se doa inteira pras outras, seja para amigos ou o que for. Eu só desisti porque tava fazendo mal pra mim. Eu fui meu próprio limite. Minha felicidade não podia mais continuar dependendo de uma coisa fora de mim"

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"Bem. Nos vamos ter que passar por todo um processo. Não há nada emergencial para você se preocupar. A gente vai precisar se conhecer mais até que eu possa ver as coisas do mesmo ponto de vista que você. Pode ser que nesse processo você passe até por conflitos, mas o importante é que, a princípio, você é uma pessoa consciente de quem é, e das coisas que o perturbam"