gmr

quarta-feira, janeiro 05, 2005

Experiência

Permitam, os senhores, que eu me contradiga (eis porque sou uma montanha-russa):

Neve branca, folha branca, recomeço

Ao olhar o fogo,
Este nada me diz.
Se o toco, queima.
E pobre daquele que teima.

Maneira curisoa
E inconsciente de proteção:
É a dor que nos ensina
o que se pode e o que se não.

Houve um tempo
Em que nada toquei,
Nada sentia,
Por algo implorei.

Vida vazia se foi.
Agora, eu sinto.
E apesar de doer,
Eu sei estar vivo.

É como estar nu na neve
E sem manta para se tapar,
Mas possuir as botas
Para se erguer, para calçar.

Sabes o melhor no entanto?
Está frio, é verdade,
Mas tudo em minha volta,
Tudo é branco.